O QUE É TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA)?
O termo “autismo” era utilizado para denominar o indivíduo que apresenta alterações de desenvolvimento neuropsicomotor, associado a isolamento social pronunciado, estereotipias e perda do contato com a realidade.
Com o passar do tempo, o avanço dos métodos de avaliação e a modernização das ciências que auxiliam o diagnóstico precoce, o termo “autismo” foi substituído por Transtorno do Espectro Autista (TEA), pelo fato de a síndrome apresentar graus diferentes de alteração na comunicação, na interação social, na motricidade global, na cognição.
O TEA é ainda desconhecido, com influência direta no desenvolvimento neuropsicomotor de toda criança que demonstra algumas de suas características, geralmente, nos três primeiros anos de vida, fechando concretamente o seu diagnóstico aos 3 ou 4 anos de idade, a depender do grau do transtorno, e prevalece durante todas as fases do crescimento e desenvolvimento humano.
QUAL A INCIDÊNCIA DE TEA?
Segundo a ONU, 01 em cada 68 crianças apresenta algum transtorno do espectro do autismo e estima-se que no Brasil existe dois milhões de pessoas com esse diagnóstico, o que torna a questão mais grave é o preconceito e a falta de tratamento adequado e precoce.
EXISTE PREDOMÍNIO DE SEXO NO TEA?
Estudos epidemiológicos mostraram que há uma maior incidência em meninos do que em meninas, com proporções médias relatadas de cerca de 3,5 a 4,0 meninos para cada menina.
QUAIS AS CAUSAS DO TEA?
Embora as pesquisas em torno do TEA tenham aumentado em número e qualidade, ainda não está elucidada a etiologia precisa. O que se sabe é que os fatores genéticos estão intimamente ligados, embora os genes relacionados ainda não tenham sido totalmente identificados.
Idiopático (80% dos casos – sem outras doenças associadas);
Associado a outras doenças (alterações estruturais no cérebro):
Esclerose tuberosa;
Malformações cerebrais;
Síndromes genéticas
NÍVEL DE CLASSIFICAÇÃO DO TEA
QUAIS SÃO OS SINAIS DO TEA?
Os sinais de alerta aparecem precocemente nos primeiros anos do desenvolvimento infantil e devem acarretar prejuízos em suas atividades. Tais sinais podem estar ou não associados às áreas comprometidas e devem ser especificados:
Com ou sem prejuízo intelectual;
Com ou sem prejuízo na linguagem;
Associado a outro diagnóstico ou fator ambiental;
Associada com outro transtorno mental, comportamental ou do neurodesenvolvimento.
QUANDO DEVO ME PREOCUPAR?
Quando a criança apresenta alguma alteração de desenvolvimento neuropsicomotor. Tais alterações podem ser observadas precocemente e encaminhadas para avaliação detalhada com neuropediatra:
Crianças de 0 a 6 meses:
Não reagem quando são chamados;
Não reagem às pistas sociais (olhar na direção da mãe);
Demonstram resposta afetiva mínima;
São mais passivas e quietas (ou bastante inquietas).
Crianças de 7 a 12 meses:
Falta de sorriso social e expressões faciais adequadas;
Maior incidência de posturas anormais;
Necessitam de mais estímulos para responder ao chamado;
Hiperorais (colocam tudo na boca);
Aversão ao toque (ou necessidade de toque mais forte);
Prestam pouca atenção ao desconforto dos outros.
Crianças de 13 a 18 meses:
Ausência de empatia;
Não aponta para pessoas ou objetos.
Crianças de 18 a 24 meses:
Apresentam comportamentos restritos ou repetitivos;
Apresentam ecolalia;
Podem apresentar alteração na marcha (marcha na ponta dos pés).
É UMA DOENÇA GRAVE?
Depende do nível em que cada indivíduo está classificado. Pacientes do nível 3 são mais dependentes, com maiores desorganizações sensoriomotoras e alterações da comunicação social, da interação social e do comportamento social mais complexas. Já pacientes do nível 1, apresentam menores alterações de tais sistemas, podendo vivenciar uma melhor qualidade de vida em sociedade.
EXISTE PREVENÇÃO PARA O TEA?
Como suas causas não são bem determinadas e sugere-se que 80% dos casos sejam de natureza idiopática, não existem estratégias capazes de atuar na prevenção do TEA.
O que se preconiza é a intervenção precoce de uma equipe multidisciplinar que irá atuar de forma global no desenvolvimento dessa criança e de sua família, visando uma melhor qualidade de vida, melhor adaptação ao meio em que vive e desenvolvimento adequado de suas habilidades motoras e cognitivas.
EXISTE TRATAMENTO?
O tratamento é voltado para atenuar as complicações ocasionadas pelo TEA, já que não tem cura.
É necessária uma abordagem multidisciplinar para adaptação dessa criança ao meio em que ela está inserida, levando em consideração suas demandas comportamentais, ambientais, emocionais, familiares.
Em alguns momentos pode ser necessária a terapia medicamentosa para tratamento de comorbidades psiquiátricas ou neurológicas associadas ou de sintomas comportamentais que interferem no aprendizado, na socialização, na qualidade de vida ou no desempenho global da criança.
ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NO TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
A avaliação é realizada de forma individual e personalizada, levando em consideração as queixas da família e o desenvolvimento neuropsicomotor da criança. Os fisioterapeutas avaliam as habilidades motoras e o desempenho funcional (força, coordenação, equilíbrio, controle respiratório, postura e marcha).
A função motora deve ser cuidadosamente avaliada e tratada de forma precoce, a fim de diminuir os agravos relacionados à marcha, à postura, ao tônus muscular, ao planejamento motor e à coordenação motora grossa. Dependendo da gravidade de tais questões o desenvolvimento infantil da criança com TEA pode ser negativamente afetado, interferindo em sua qualidade de vida em longo prazo.
Quando não desenvolvidas, as competências motoras em crianças com TEA podem afetar a oportunidade de interações sociais e oportunidades de aprendizado.
São dadas orientações, aos familiares e/ou cuidadores, de exercícios lúdicos a serem realizados no domicílio de acordo com a necessidade da criança. A frequência da terapia varia de acordo com cada criança.
TRATAMENTO FISIOTERÁPICO
Aumento do tônus muscular;
Planejamento motor;
Prevenção de deformidades;
Ganho de mobilidade global;
Alongamento de músculos encurtados;
Alinhamento postural;
Treino de marcha;
Equilíbrio e propriocepção;
Coordenação motora ampla;
Bandagem elástica;
Estimulação sensorial;
Recursos de integração sensorial (pacientes com desmodulação sensorial);
Terapia manual;
Pilates;
Circuitos psicomotores.
QUAL PROFISSIONAL TENHO QUE PROCURAR?
A criança com TEA e sua família devem ser acompanhadas por uma equipe multidisciplinar que envolve profissionais da saúde e educadores: neurologista, psiquiatra, ortopedista, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, nutricionista, psicólogo, educador físico, psicopedagogo, psicomotricista, com foco em melhorar a qualidade de vida, socialização e comunicação entre paciente e a sociedade em que vive.
EVITE!
Crianças com Transtorno do Espectro Autista comumente apresentam desmodulação ou hipo/hiperreatividade sensorial, portanto é importante que cada estímulo promovido seja ofertado de forma lenta e gradual, respeitando sempre a tolerância do paciente e antecipando cada ação com explicações do que irá ser realizado (com objetivo de diminuir ansiedade, facilitar o planejamento e execução da ação). Durante as atividades evite:
Sons muito altos e repentinos;
Mudanças bruscas de rotinas;
Desrespeitar a tolerância do paciente para determinado estímulo;
Fta. Lisiany Belchior – CREFITO: 158664-F
Mestre em Saúde da Criança e do Adolescente-UECE
Fisioterapeuta do Espaço Estímulos
Formação no Conceito Neuroevolutivo-BOBATH
Formação em Reequilíbrio Toracoabdominal Avançado em Pediatria
Esp. Fisioterapia em Neonatologia e Pediatria-FFB
Esp. Psicomotricidade Clínica-UFC
Esp. Saúde Pública-UECE
Fta. Bruna Peixe- CREFITO: 149094-F
Fisioterapeuta do Espaço Estímulos
Formação no Conceito Neuroevolutivo – BOBATH
Formação em Reequilíbrio Tóracoabdominal – RTA
Formação em Pilates Clínico e Adaptado
Formação em Pedia Suit
Esp. Fisioterapia em Neonatologia e Fisioterapia-FFB
Esp. Saúde Pública-UECE
Fta. Hemmela Nepomuceno- CREFITO: 201699-F
Fisioterapeuta do Hospital Infantil Albert Sabin
Fisioterapeuta da Equipe de Pós Operatório Cardíaco Pediátrica da Unimed – GCPed HRU
Esp. Fisioterapia em Neonatologia e Pediatria-UNIFOR
Para maiores informações é muito importante buscar a orientação profissional.
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