A rotação interna de quadril (antetorsão femoral) ocorre quando a cabeça do fêmur roda internamente na fossa do acetábulo, essa rotação é fisiológica e diminui com a idade. Quando se torna exacerbada essa rotação deve-se iniciar precocemente a intervenção fisioterapêutica.
QUAIS AS CAUSAS?
Congênito:
Fatores genéticos
Adquirido:
Posição do feto intra-útero
Alterações osteoarticulares:
Metatarso adulto (Pés in-toeing);
Pernas tortas (Torsão tibial);
Rotação de coxa (Aumento da versão femoral – anteversão femoral).
Na maioria das vezes os pés tem seu formato normal com a borda lateral retificada e, portanto, não são os responsáveis pela marcha com os pés para dentro. É comum os pais acharem que a causa dessa marcha é nos pés, mas na maioria das vezes a origem é no quadril da criança.
QUAIS SÃO SINAIS?
Rotação interna do membro inferior pode estar localizada em coxa, perna e/ou pé;
Quando na marcha da criança os dedos dos pés ficam para dentro, podendo se tocar entre si ou não;
Na postura de pé, o joelho faz uma rotação medial;
Quedas frequentes;
Geralmente senta na posição de W;
Não conseguem correr por que caem.
É UMA DOENÇA GRAVE?
Não, porém o não tratamento de forma precoce pode levar a deformidades permanentes que causam alterações de desenvolvimento importantes, como marcha com rotação interna de quadril, joelhos e/ou pés, desgastes osteoarticulares, quedas frequentes entre outras complicações que trataremos mais a frente.
EXISTE PREVENÇÃO?
Depende da causa. Quando a rotação é causada por fatores genéticos ou deformidades osteoarticulares advindas desde o período intra-útero, não existe possibilidade de agir de forma preventiva. Já as demais causas podem ser tratadas de forma precoce, evitando que a criança sente em “W” por longos períodos de tempo, auxiliando durante o desenvolvimento da marcha, estimulando exercícios supervisionados de alongamento, coordenação motora e equilíbrio.
EXISTE TRATAMENTO?
Conservador
Fisioterapia;
Bandagem elástica terapêutica.
Cirúrgico
É indicado quando o tratamento conservador não obteve sucesso;
Quando a criança apresenta angulação acima de 50° e estiver com a idade acima de 8 anos;
O pós-operatório (Osteotomia derotatória do fêmur) é associado ao gesso seriado e à fisioterapia;
Ambos oferecem bons resultados quando realizadas na idade adequada.
ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NA ROTAÇÃO INTERNA DE QUADRIL
Avaliação: protocolo específico;
Orientação familiar e/ou cuidadores de exercícios lúdicos a serem realizados no domicilio;
Frequência da terapia:
Conservador: 3x na semana;
Pós-cirúrgico: 5x na semana.
TRATAMENTO FISIOTERÁPICO
A prevenção de deformidades;
Ganho de mobilidade articular de quadril;
Alongamento dos músculos rotadores internos;
Alinhamento postural;
Equilíbrio e propriocepção;
Coordenação motora ampla;
Bandagem elástica.
ESTRATÉGIAS FISIOTERAPÊUTICAS
Estimulação sensorial;
Recursos de integração sensorial (pacientes com desmodulação sensorial);
Terapia manual;
Pilates;
Cinesioterapia;
Exercícios de alongamentos;
Equilíbrio estático e dinâmico usando superfícies estáveis/ instáveis;
Protocolo com treino de marcha na esteira;
Circuitos psicomotores de coordenação.
QUAIS COMPLICAÇÕES?
Quedas frequentes;
Dificuldade na coordenação motora;
Dificuldade na prática de esportes;
Dores musculares e articulares;
Dificuldade de andar e correr;
“Bullying” – “ele anda com os pés tortos?” /“ é muito feio vê-la andando assim.”;
Diminuição de equilíbrio e propriocepção;
Encurtamento dos músculos rotadores internos de quadril;
Redução de mobilidade articular do quadril;
Desgaste articular à Deformidade articular;
Alteração do alinhamento postural.
COMO SABEMOS ONDE ESTÁ O PROBLEMA?
Na avaliação ortopédica pediátrica, direciona-se a queixa da criança ou da família, realiza-se uma avaliação física completa da criança, buscando identificar no membro inferior a causa que é responsável pela marcha com os pés virados para dentro. Os pés muitas vezes tem o formato normal e a causa é no quadril.
Através de um exame físico ortopédico, feito pelo especialista, na consulta médica. Não precisa de exame de imagem, o próprio exame físico cuidadoso é diagnóstico.
TESTE DE CRAIG (Anteversão do Colo Femoral)
Teste de Craig (Anteversão do Colo Femoral) – A anteversão do quadril é medida pelo ângulo feito pelo colo femoral com os côndilos femorais. Ela é o grau de projeção, para frente, do colo femoral a partir do plano coronal da diáfise e diminui com a idade.
O paciente deita-se em prono com o joelho flexionado à 90º. O examinador palpa a face posterior do trocanter maior do fêmur. O quadril é então rodado passivamente medial e lateralmente até o trocanter ficar paralelo à mesa de exame ou atingir à sua posição mais lateral. O grau de anteversão pode então ser estimado, baseando-se no ângulo da perna com a vertical. Mensurando com a goniometria.
QUAL PROFISSIONAL TENHO QUE PROCURAR?
Médico ortopedista infantil para fechar o diagnóstico e em seguida procurar um fisioterapeuta pediátrico para dar inicio ao tratamento.
EVITE!
Evite deixar sua criança sentar em “W” por longos períodos de tempo.
Obrigado Pela atenção,
Um Abraço a todos,
Fta. Lisiany Belchior – CREFITO: 158664-F
Mestre em Saúde da Criança e do Adolescente-UECE
Fisioterapeuta do Espaço Estímulos
Formação no Conceito Neuroevolutivo- BOBATH
Formação em Reequilíbrio Toracoabdominal Avançado em Pediatria
Esp. Fisioterapia em Neonatologia e Pediatria-FFB
Esp. Psicomotricidade Clínica-UFC
Esp. Saúde Pública-UECE
Fta. Bruna Peixe– CREFITO: 149094-F
Fisioterapeuta do Espaço Estímulos
Formação no Conceito Neuroevolutivo– BOBATH
Formação em Reequilíbrio Tóracoabdominal – RTA
Formação em Pilates Clínico e Adaptado
Formação em Pedia Suit
Esp. Fisioterapia em Neonatologia e Fisioterapia-FFB
Esp. Saúde Pública-UECE
Para maiores informações é muito importante buscar a orientação profissional.
Nosso endereço:
Rua Felino Barroso, nº 627, bairro de Fátima.
Nossos contatos:
(85) 3032-0884 / (85) 98822-1521