Transtorno do Espectro Autista – Sob Olhar da Fisioterapia

1.Como ocorre a avaliação da Fisioterapia no Transtorno do Espectro Autista?

A avaliação ocorre de forma individual e personalizada, e é direcionada pela queixa da família. O principal procedimento de avaliação adotado é a aplicação de protocolos validados,  selecionados pelo terapeuta de acordo com a demanda identificada. São observados aspectos como: o desenvolvimento infantil, as habilidades motoras e até desempenho funcional (força, coordenação, equilíbrio, controle respiratório, postura e marcha).

2.Qual o objetivo da fisioterapia no Transtorno do Espectro Autista?

Aquisição de habilidades motoras¹;

Alinhamento postural¹;

Promover vivências sensórias¹;

Estimular o equilíbrio² ;

Estimular a coordenação²;

Estimular a marcha²;

Aquisição de independência¹;

Aquisição de aptidões¹;

Estimular a relação com os outros com segurança e confiança¹;

Estimular a adaptar-se à sociedade¹;

Prevenção de vícios posturais (marcha na ponta dos pés e sentar em “W”) ¹.

Obs: Se quiser saber mais sobre marcha na ponta dos pés e sentar em W confira no nosso blog!

3.Qual a indicação da Fisioterapia no Transtorno do Espectro Autista?

Atraso no desenvolvimento¹;

Tônus muscular baixo (Hipotonia) ou moderado¹;

Planejamento motor¹;

Coordenação motora¹;

Dificuldade na estruturação do esquema e imagem corporal¹;

Assimetria de movimento¹;

Alteração no equilíbrio¹;

Alteração postural¹;

Hiper ou hiporreatividade a estímulos sensoriais ou interesse incomum por aspectos sensoriais do ambiente¹;

Falta de coordenação motora axial e apendicular¹;

Dificuldade na estruturação do esquema corporal¹;

Falta de controle axial¹;

Controle postural pobre¹;

Lentidão das respostas motoras¹;

Marcha na ponta dos pés¹;

Encurtamento dos rotadores internos de quadril.

4.Quais as estratégias de intervenção da fisioterapia no Transtorno do Espectro Autista?

Estimulação sensorial;

Mobilização da articulação tíbio-társica;

Liberação miofascial de gastrocnêmio e sólear;

Alongamento de músculos encurtados;

Fortalecimento dos dorsoflexores;

Treino de equilíbrio e propriocepção²;

Treino de marcha²;

Coordenação motora²;

Recursos de integração sensorial;

Pilates adaptado na neuroreabilitação;

Circuitos psicomotores;

Plataforma vibratória.

ATENÇÃO!!

A função motora deve ser cuidadosamente avaliada e tratada de forma precoce, a fim de diminuir os agravos relacionados à marcha, à postura, ao tônus muscular, ao planejamento motor e à coordenação motora grossa. Dependendo da gravidade de tais questões, o desenvolvimento infantil da criança com TEA pode ser negativamente afetado, interferindo em sua qualidade de vida em longo prazo.

Quando não desenvolvidas, as competências motoras em crianças com TEA podem afetar as oportunidades de interações sociais e de aprendizado.

Os terapeutas fornecem orientações aos familiares e/ou cuidadores de acordo com a necessidade da criança. A frequência da terapia varia de acordo com cada criança.

Referências:

1.OMAIRI, C. et al. Autismo perspectivas no dia a dia. Curitiba: Thala, 2013.

2.FERNANDES C. R.; SOUZA W. Á. A. A. CAMARGO. INFLUÊNCIA DA FISIOTERAPIA NO ACOMPANHAMENTO DE CRIANÇAS PORTADORAS DO TEA (TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA) Revista das Ciências da Saúde e Ciências aplicadas do Oeste Baiano-Higia. 2020; 5(1): 52-68. Disponível em http: <http://www.fasb.edu.br/revista/index.php/higia/article/viewFile/529/481> Acesso em 05.04.2020.

3.Azevedo, Anderson; GUSMÃO, Mayra. A IMPORTÂNCIA DA FISIOTERAPIA MOTORA NO ACOMPANHAMENTO DE CRIANÇAS AUTISTAS. Rev. Eletrôn. Atualiza Saúde  |  Salvador, v. 2, n. 2, p. 76-83, jan./jun. 2016. Disponível em < http://atualizarevista.com.br/wp-content/uploads/2016/01/A-import%C3%A2ncia-da-fisioterapia-motora-no-acompanhamento-de-crian%C3%A7as-autistas-n-3-v-3.pdf>

4.OLIVEIRA, José Diêgo Ponciano; GUEDES, A. L. L. de A., Lins, M.  S. Lins, DALTRO M. C. de S. L. RELATO DE CASO Intervenção fisioterapêutica no transtorno do espectro autista Physiotherapy intervention in autistic disorder. Fisioter Bras 2018;19(5Supl):S266-S271.

5. https://portalatlanticaeditora.com.br/index.php/fisioterapiabrasil/article/view/2631/html