Para falarmos um pouco da estimulação visual, é preciso saber que o desenvolvimento da visão ocorre de forma gradativa desde o nascimento, determinado por fatores genéticos e influenciado por fatores ambientais.
A visão é o meio motivador para a criança alcançar voluntariamente um objeto com os braços e aproximar dos olhos para explorar. Nos primeiros meses de idade (0 a 3 meses) é observado contato visual, gosta de altos contrastes, tem preferência ao rosto humano. A partir dos 3 meses é observados habilidades manuais como o alcance para objetos podendo ser luminosos, livros com desenho de contraste nas cores azul, vermelho, laranja e verde e explora o ambiente¹.
É no primeiro ano de vida que ocorrem as maiores e mais notáveis transformações, onde a criança estimula sua visão através do ambiente que consequentemente aprimora as habilidades manuais².
A estimulação visual, como o nome já disse é uma técnica de estímulos visuais e comportamentais adequados para cada idade. A estratégia de tratamento depende do que cada criança necessita, começando desde os conceitos básicos como contato visual, movimentação espontânea dos braços, distinção de objetos, figura fundo, onde a terapeuta favorece o ambiente com alto contraste, iluminação (alta ou baixa), sem barulho sonoro para ter atenção da criança naquele momento².
A estimulação visual está indicada para qualquer alteração da visão, sendo as mais frequente³:
– Glaucoma
– Astigmatismo
– Nistagmo
-Distúrbio Visual Cortical (hidrocefalia, isquemia perinatal)
-Estrabismo
-Retinopatia de Prematuridade
Existem alguns sinais de alerta que os pais ou os cuidadores podem observar no dia a dia da criança, são:
-Busca por pontos luminosos;
-Olhar baixo;
-Dificuldade de olhar e fazer o alcance do brinquedo ao mesmo tempo;
-Aumento da permanência da visão com desvio (inclinação e/ou rotação) de cabeça;
-Pouco ou ausência de movimentação os braços para pegar o brinquedo.
-Você encontra esse serviço de estimulação visual infantil, aqui na clínica Espaço Estímulos.
Referências:
BRIANT,MEP. O brincar como recurso terapêutico para crianças de 0 a 3 anos com paralisia cerebral e baixa visão. Monografia, São Paulo,2007.
GAGLIARDO, H.G.R.G; GONÇALVES, V.M.G e LIMA, M.C.M.P. Método para avaliação da conduta visual de lactentes. Arq.Neuropsiquiatr 2004 (2-A):300-306.
HADDAD M.A.O, SAMPAIO M.W, SIAULYS M.O.C. Baixa visão na infância: guia prático de atenção oftalmológica. São Paulo, Laramara, 2014.